sábado, 26 de setembro de 2009

D. PÊRO PAIS CORREIA

Para determinar a naturalidade de D. Paio Peres Correia, nada melhor que reunir informações sobre o seu pai e a sua mãe. Mas elas são muito escassas.
Pêro Pais Correia, o pai do futuro Grão-Mestre de Santiago, nascido da segunda esposa de Paio Soares Correia, aparece em Balasar por causa de um amádigo. A «Vila do Casal» «toda está honrada por meio de D. Pêro Pais Correia, que aí foi criado», dizem as Inquirições.
Como seu pai, também Pêro Pais Correia terá sido frequentador do paço. O nobiliarista Felgueiras Gaio escreve sobre ele:
A este chamava a rainha D. Brites, mãe do rei D. Afonso III, «mi Padre», como consta das Inquirições do rei D. Afonso. Devia ser por ele ter alguma inspecção na sua criação.
Embora a citação contenha o erro de dizer que a mãe de Afonso III se chamava D. Brites — D. Brites poderia ser era a segunda esposa deste rei — parece confirmar que ele fosse frequentador assíduo da corte.
O mesmo autor regista ainda sobre ele a seguinte façanha pouco edificante:
... comprou uma quinta no Couto do Mosteiro de Roriz em que fez umas casas, que lhe quiseram impedir os priores dele, pelo que lhe matou dois religiosos, como consta das Inquirições do rei D. Dinis.
O casamento que fez com uma rica herdeira de terras de Aguiar e de Basto, herdeira que nem sequer tinha irmãos rapazes, mas apenas outra irmã..., tê-lo-á afastado de Fralães? Eis uma questão decisiva.
A nossa resposta, assente apenas no texto das Inquirições de 1258, é a de que parece que ele e sua família, para residência, deram preferência ao paço de Fralães sobre as terras do interior. Veremos o que se passou com alguns dos seus oito filhos — seis rapazes e duas raparigas.


A imagem representa um trísceles emoldurado que terá pertencido à igreja medieval de Monte de Fralães.

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